Sexta-feira, 6 de Julho de 2007
Na brusca saudade
Uma lágrima escorre
rolando cheia de vaidade
pelo belo rosto que percorre.
Que na manhã desperta
Viver cheia de Vontade
O sol que nas mãos aperta
Buscando toda a sua claridade.
Diz de voz baixa
O que lhe vai no coração
Amor que nela encaixa
Segura em sua emoção.
Saudade que fica
Na sintese da solidão
saudade que se abriga
em sua nobre oração...
A cada manhã que vai e vem
Agarrando o sol em sua mão
A noite que nada tem
Buscando a Luz na Escuridão.
Sou Saudade que na noite bela
Que da minha voz ouvi...
Entoar toda a cidadela
Chamando Amor, por ti...
De L. a 9 de Julho de 2007 às 09:01
“O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.
E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.”
Fernando Pessoa
Lembrei-me deste poema.
No dicionário, saudade é assim definida:
“lembrança triste e suave de pessoas ou coisas distantes ou extintas, acompanhada do desejo de as tornar a ver ou a possuir;
pesar pela ausência de alguém que nos é querido;
nostalgia; ”
É pobre e muito incompleto, saudade é muito mais.
Felizmente existem pessoas como tu, com a capacidade de escrever textos onde quem lê sente sempre saudades de alguém ou de alguma coisa.
Beijinhos.
L.
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