Existe uma época nas nossas vidas que queremos muito ser amados.
Não está errado, no entanto ao queremos sentir isto, não estaremos a esquecer em algum momento de como amar também?
Será que só podemos amar quem nos ama?
Desculpem-me, mas eu não consigo aceitar isto.
E o facto de apenas nos querermos sentir amados, não traz consigo nenhum desafio.
Ao sermos amados pelo que somos, porque haveríamos de querer mudar?!
Como haveríamos de querer viver um próximo dia de forma diferente, se já somos amados tal qual?!
O sere que apenas se deixa amar, torna-se num sere latente, do que se viveu…
...pára no tempo...
...deixa de ter motivos para construir, para renovar, acomoda-se, facilita, sobrevive …
Ao passo que...
Amar, é seguir um rumo desconhecido, sem medos.
Amar, é dar-se por entrega, é dedicação, é cativar.
É querer ir de encontro aos mistérios da vida.
Ao amarmos crescemos, evoluímos enquanto pessoas.
Sinto que esta vida só faz algum sentido, quando temos disponibilidade para Amar.
Não direi fácil, nem sem dor, no entanto encontro-me, ao amar sem receios, de uma forma ilimitada, menos preconceituosa.
Sem duvida que ao amarmos, somos e sentimo-nos muito mais realizados.
Por tudo isto não me importo não ser amada, mas amo-vos!
As emoções comanda-nos, como o vento comanda a vela de um barco.
Saibamos nós dirigir esse vento para nos levar a terras nunca vistas, viver tempestades e sentir o sabor delas ao sobreviver até chegarmos a bom porto.
Isso é Amar.
O amor transforma, torna-nos flexíveis, liberta-nos…
Sinto que uma sociedade deve ser respeitada e não devemos tentar ser aqueles que ainda não sabemos ser, mas tambem que, as diferenças sao capazes de nos mostrar a nossa própria autencidade, mostrar-nos o que conseguimos vencer de nós mesmos, de conquista no patamar da vida…
É estranho ainda para mim viver neste mundo, e por isso pq não achar o sere humano de tamanha complexidade? Porque o somos. No entanto é tão verdade que quando vislubramos a simplicidade ficamos maravilhados com a descoberta. A diversa e ínfima dose de inocência expande-se e entranha-se como uma felicidade imensa de criança, do novo que não é novo, do belo que nunca deixou de ser, mas, que esquecemos com o caminhar, que com os diversos ventos em ciclone que abanou por diversas vezes o nosso barco pelo nosso caminho não conseguimos segura-lo…
Vejo-me a velejar…
Exprimento sentir o vento na cara, semi-serrando o olhar por entre a névoa que se depara, que me afronta e relembro onde conquistei a minha força…onde um dia embarquei e so encontrei tempestades… mas que sempre soube agarrar um raio do sol quando espreitava e fazia a lágrima cristalizar procurando dar lugar ao sorriso…E que a cada sorriso, guardava um pouco escondido em meu peito para que, quando nova tempestade se avizinhasse, esse meu sorriso escondido, pudesse surgir como uma espada contra os ventos fortes e incontroláveis, como que a lágrima sendo chuva, deve-se o lugar ao sol que não existia…
Ainda de olhos semi-serrados sorriu e percebo… que o sorriso já não se esconde, vê que o sol é presente e que a vela do barco mal mexe…não há vento!
Alcancei um porto. EU!
Alcancei-me!
Esse porto que esta dentro do meu peito, cheio de coisas boas e coisas menos boas...
Foi e será sempre necessário viver cada uma dessas emoções, que o enche, que me preenche... que me faz amar-te a ti, um simples leitor, mas a mim principalmente que amo cada vez mais aquela, em que me tornei... Susana, apenas!